A integralidade da missão
Daquele ano até hoje, a TMI deu voltas pelo contintente americano e pelos demais continentes e se tornou uma teologia multi-continental. É claro que isso nos alegra, mas também começa a trazer preocupações, pois temos de tomar cuidado com pelo menos duas coisas: (a) achar que só quem afirma a TMI pratica a integralidade da missão – René Padilla, mais de uma vez, lembrou a turma da TMI de que tem muita gente fazendo missão integral sem nem saber o que é a TMI; (b) achar que quem proclama o nome “Missão Integral” pratica, de fato, a integralidade da missão. TMI pode – e eu considero que já está se tornando em alguns lugares – se tornar mera ortodoxia morta, usada apenas para legitimar práticas reducionistas de missão.
Quatro décadas de TMI! A principal lição que eu aprendi: o que importa não é a TMI, mas a prática da missão na sua integralidade e integridade. Integralidade que é sempre um desafio, uma convocação, uma tarefa – posto que nossos conhecimentos e práticas são sempre contextuais, parciais, limitados. Integridade que é, sempre também, uma tarefa, um desafio, uma abertura de nossa parte ao Espírito de Deus que nos torna íntegros, santos, eticamente “testemunhas” do Evangelho na sua plenitude.
Integr(al)idade da ação missionária e do pensamento teológico – essa é a grande lição da TMI, que deve ressoar mesmo quando o “prazo de validade” da TMI tiver se esgotado.
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